Por Coltri Junior

Em um momento de crise como esse, a pior coisa é ouvir o insensato (aqueles que acham que defendem seus interesses e dão tiros no pé). Estão preocupados com problemas econômicos em alguns meses no seu negócio.

Não demita agora
Veja vídeo mais abaixo.

É preciso entender que eles acontecerão, com isolamento social ou não.

Sem ele, o número de doentes vai aumentar vertiginosamente. Como, pasmem, o mercado não é um mundo à parte, milhões de pessoas vão faltar ao serviço por estarem doentes.

Outro tanto vai se ausentar para cuidar de seus entes (com risco de infecção, também). Milhares não voltarão ao serviço, nem ao mercado, tendo como destino um novo plano de vida pós morte.

Por outro lado, grandes empresas (de sérios empresários) estão dando exemplo, doando seus produtos aos mais necessitados, mantendo os preços ao consumidor, mesmo com aumento dos insumos, tendo até banco baixando as taxas de juros (é como o antigo Unibanco: nem parece banco!).

Assista ao vídeo.

Ainda, o Brasil tem sobra de alimentos. Um estudo realizado pelo Departamento de Economia da UFSCAR, publicada no jornal O Estado de São Paulo em 2017, mostra que a produção agrícola no Brasil, excluindo exportações e alimentos processados, possui sobra de 20% de caloria e 60% de proteína, em relação às nossas necessidades diárias.

Outro dado importante é que, mesmo com o isolamento social, a economia continuará se movimentando.

O que acontecerá é a queda de vendas de coisas mais supérfluas (muitas vezes importantes, mas não essenciais) e transporte, o que deve corresponder de 20% a 30% da renda dos trabalhadores.

Aluguel, comida, produtos de limpeza, farmácia, energia (só aqui dá quase 100%!), água e esgoto, telefonia, condomínio, plano de saúde, seguro de carro etc., cursos, continuarão fazendo o dinheiro circular. Mesmo que eu esteja errado, o resultado efetivo estará longe de chegar a 100%.

Ainda que chegue, para não haver fome, basta o produtor rural doar a produção à população (ideia tão chocante quanto a de demitir pessoas e jogar dívidas para as famílias, empurrando o problema para a ponta). Temos o meio termo: o governo compra a produção e doa alimentos à população.

Eu, sendo empresário, preciso de mercado, ou seja, de pessoas vivas, sadias e com poder de compra (e isso inclui hospital e funerária, porque alguém tem que pagar a conta).

Portanto, fique em casa. Empresário: não demita, para que a economia, mesmo que em volume menor, possa continuar se movimentando. Só tendo mercado é que conseguiremos nos recuperar mais rapidamente, quando tudo isso passar.

Pense nisso, se quiser, é claro!

Prof. Coltri Junior é palestrante, administrador de empresas, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos.

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