Sobre as nossas decisões

Nossas Decisões
Nossas decisões

No artigo anterior falávamos sobre a questão dos pensamentos conflitantes. Eles atrapalham muito a nossa mente e o nosso caminho. E por que eles surgem?

Obviamente, por conta do nosso sistema de crenças, que é a base do nosso pensamento, ou seja, da nossa tomada de decisão.

O sistema de crenças é a nossa programação mental e envolve tudo o que acreditamos, nossa base de formação pessoal. É composto basicamente de 4 vertentes.

A primeira delas diz respeito ao ambiente em que fomos criados, a nossa educação familiar. Por exemplo, pensando em termos de probabilidade (percentual de chance),  e não de possibilidade (se é possível ou não), quem tem mais chance de se dar bem na vida: uma criança criada na favela ou em um ambiente de fartura? Em termos de possibilidade, é claro que as duas podem, mas nos parece lógico que a criada na favela tem menos chance, até porque a outra é acostumada com falas, ações etc., voltadas à realização dos desejos, ou seja, do sucesso nas “empreitadas”.

A pergunta que fica é? Qual o motivo disso?

Claro que o caso é bem complexo, há muitas variáveis envolvidas e, por isso, a criação em determinado ambiente não determina a caminhada, apenas influencia. Porém, uma das situações mais comuns é a fala dos pais em relação ao futuro da criança. Ela, por ter a mente aberta, tudo pode. As crenças limitantes (que ajudam e que atrapalham) estão em processo de formação. Portanto, ela pode ser dona de canal de TV, médica, engenheira, astronauta, tudo! Mas, nós, os pais, com o nosso olhar já “infectado” da realidade, tentamos tirar os seus sonhos, acreditando que estamos a imunizando da infelicidade e da decepção. Um texto atribuído a Shakespeare diz assim: “Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso”. E a possibilidade de que algumas delas consigam está exatamente nesse fato de que nem todas acreditam que sonhos são bobagens.

Assim, fica uma lição: nunca devemos dizer a uma criança que ela não pode. É preciso deixá-las sonhar. O quarto fator gerador de crenças é o sonho, o único ligado ao futuro. Falaremos sobre isso oportunamente. Por hora, sonhar faz parte da vida infantil. O futuro é um livro com páginas em branco, afinal, parafraseando Toquinho e Vinícius, ele “é uma astronave que tentamos pilotar, não tem tempo, nem piedade, nem tem hora pra chegar; sem pedir licença, muda as nossas vidas e depois convida a rir ou chorar”.

Prof. Coltri Junior é palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos. Website: www.coltri.com.br – E-mail: coltri@coltri.com.br – facebook.com/coltrijunior.

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