Por Coltri Jr.

Quem circula por médios e grandes centros provavelmente já se deparou com caminhões “presos” embaixo de viadutos.

Às vezes, por questão de centímetros, a altura da carga fica maior do que o ponto mais baixo do teto do viaduto. Aí, o estrago está feito.

Ocorre que, além do prejuízo da carga, do motorista, ou da transportadora, e do ente público (por conta de prejudicar a estrutura da obra), o trânsito fica parado por longos períodos, até que o fluxo seja totalmente restabelecido.

   

A Solução

Desde setembro de 2021 a cidade de São Paulo, por exemplo, já vem recebendo um tipo de dispositivo de prevenção, que são os sinalizadores de altura.

Ribeirão Preto começou agora, também.

Esses dispositivos são compostos de placas de alumínio penduradas em forma de varal.

Desse modo, a parte mais baixa fica na exata altura mínima do teto do viaduto.

Ao passar pelas chapas, se a carga estiver naquela altura, ou superior, as chapas balançam fazendo barulho e chamando a atenção do motorista.

Como segurança, existe, ainda, um outro dispositivo junto à construção, o que dá uma segunda chance ao motorista.

Por certo, é uma solução inteligente e de baixo custo.

Os problemas

O primeiro problema, como sempre, é o fato de muitos motoristas não respeitarem e acabarem adentrando ao viaduto.

Segundo dados da CET da cidade de São Paulo, muitos veículos, mesmo com o dispositivo, acabam tentando passar e ficam presos.

Nos primeiros meses de instalação foram 167 ocorrências desse tipo na cidade.

O segundo é que, muitas vezes, o dispositivo é instalado muito próximo da obra, de modo que o motorista pode ficar sem ação, principalmente em vias de maior velocidade, como as Marginal Tietê, por exemplo.

Nessa caso, o motorista tem que escolher entre frear bruscamente, ou mesmo arriscar passar.

Há, também, em função de uma distância pequena entre o dispositivo e o viaduto, no caso de um veículo grande, a maior altura da carga se concentrar na parte mais traseira do veículo.

Essa situação faz com que o resultado da sinalização seja mais difícil do motorista perceber, e, ainda, que não haja tempo hábil de tomada de decisão.

Outro problema é que, em muitas situações, não há via de escape.

A fim de que haja uma melhoria nos resultados, o sinalizador deveria ser preventivo, no sentido de dar ao motorista uma outra opção de percurso (ou de não adentrar à via, em caso de descer pelas alças de acesso e ter que passar por baixo).

Nesse caso, mesmo parando, ele teria que voltar de ré, manobrar na pista e voltar na contramão, ou, mesmo, ficar parado ali muito tempo, até que uma outra solução na via.

Então, Vale a Pena?

Enfim, no todo, e pela simplicidade e custo, é muito válida a ideia e sua aplicabilidade. Agora é avançar na solução desses efeitos colaterais.

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, membro efetivo da Comissão Central do Programa de Desenvolvimento dos Municípios de MT (TCE/MT), especialista em gestão de pessoas, EaD e jornalismo digital, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior

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