Por Coltri Jr.
A primeira metade do século passado foi um dos períodos mais sombrios da história. Tivemos a primeira Guerra Mundial, a gripe Espanhola, o “crash” da bolsa de Nova Iorque e o fortalecimento do nazismo e do fascismo.
Em 1939, então, começa a segunda grande guerra (e há quem diga que há males que vem para o bem – a primeira guerra foi um mal que não ensinou nada).
Aí Veio a Segunda Guerra
Por toda a devastação pela qual a Europa passou, pelo sofrimento e morte de homens, mulheres e crianças, pelas dores causadas nas famílias em função das perdas de seus entes queridos, Vinicius de Moraes nos fez um apelo para que nunca mais esquecêssemos disso.
Assim sendo, ele disse: “pensem nas crianças mudas telepáticas / Pensem nas meninas cegas, inexatas / pensem nas mulheres, rotas alteradas / Pensem nas feridas como rosas cálidas”.
O Nazismo e o Fascismo
Por conta de tudo isso, o convite a pensarmos nas consequências deveria fazer com que nunca mais colocássemos o nazismo e o fascismo na mínima condição de pauta.
E, como diz Humberto Gessinger: “o fascismo é fascinante e deixa gente ignorante fascinada”. Diz ainda: “Fidel e Pinochet tiram sarro de você, que não faz nada”.
E isso não significa não defender seus interesses. É preciso fazê-lo. Significa não derramar sangue para conseguir o que se quer.
A Guerra pela paz?
Por isso, eu, que gosto muito do Gilberto Gil, particularmente, mas não me sinto confortável com a canção A Paz, quando ele diz: “a paz fez um mar da revolução / Invadir meu destino, a paz / Como aquela grande explosão / Uma bomba sobre o Japão / Fez nascer o Japão da paz”.
O problema é que isso pode passar a ideia de que vale a pena a brutalidade em nome da paz. Eu não acredito nisso. Mas o mundo, grosso modo, acredita.
Sempre ouvi que a paz no Japão veio por causa das bombas em Hiroshima e Nagasaki.
É o que Humberto Gessinger, ainda, diz: “e eu começo achar normal que algum boçal atire bombas na embaixada”.
O fato é que nossa história ocidental (ainda Gessinger: a força deixa a história mal contada), certa forma, poetiza os ataques atômicos ao Japão. Infelizmente, a história passa a mão na cabeça do presidente estado-unidense Harry S. Truman.
Truman não paga a conta da bomba
O fato é que truman foi o grande responsável por um dos ataques mais cruéis da história da humidade: o lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente.
Ocorre que foi um ato tão atroz que ainda se sente, até hoje, seu reflexo, quase oitenta anos depois. Certamente, além da covardia do massacre em civis, provocou alterações genéticas e psicológicas que ainda serão sentidas por gerações.
Por isso, Vinícius de Moraes, fala da segunda guerra como um todo, mas, também, alerta: “mas, oh, não se esqueçam, da rosa da rosa / da rosa de Hiroxima, a rosa hereditária / a rosa radioativa, estúpida e inválida / A rosa com cirrose, a antirrosa atômica / sem cor, sem perfume / sem rosa, sem nada.
Pense nisso, se quiser, é claro!
Prof. Ms. Coltri Junior é consultor, palestrante, adm. de empresas, mestre em educação, professor e escritor. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior