O sucesso se resume a metas?
Por Prof. Coltri Jr.
Bryan Tracy, no livro Metas: como conquistar tudo o que você deseja mais rápido do que jamais imaginou, traz uma história sobre um encontro de pessoas de sucesso.
Lá, ele diz assim: “um grupo de homens bem-sucedidos reuniu-se em Chicago, há algum tempo, para trocar experiências acumuladas ao longo da vida. […] . Enquanto discutiam a respeito das razões que os haviam levado a realizar, tanto na vida, o mais sábio dentre eles pediu a palavra e afirmou que, em sua opinião, ‘o sucesso resume-se a metas, e tudo mais não passa de conversa’”.
É assim, mesmo? Eu, particularmente, desacredito de ideias simplistas. Assim como um acidente de avião é uma sequência de erros, o sucesso é uma sequência de acertos.
Vale lembrar que há muitas pessoas que tem metas, mas não chega ao sucesso desejado. Mas, essas histórias não são contadas.
Então Metas Não Funcionam?
O que quero dizer com isso? Que metas não funcionam?
Claro que sim! É uma medida importante para o sucesso (não a única). Não tê-las, assim como tê-las, mas negligenciar o ambiente, ou qualquer outra coisa fundamental, acarretará em uma grande chance de fracasso.
Ponto de Chegada e Ponto de Controle
O fato é as metas são a chave do foco, são o nosso alvo (ou objetivo, como prefira). Mais que isso, também são pontos de controle sobre o caminho.
Imagine que coloquemos como meta maior um aumento de renda familiar de 50% em dois anos. Aí, não é o mais efetivo guardá-la na gaveta e esperar acontecer, embora isso não seja totalmente inútil.
Por vezes, só o fato de ter determinado uma meta, já ajuda. Mas, para melhorar as possibilidades, é necessário ter metas intermediárias, exatamente para vermos se estamos no caminho certo.
O fato é que gerar esses pontos de controle nos permite visualizar atividades mais próximas da nossa realidade presente. Ações previstas podem se tornar ineficazes com a chegada do tempo de realizá-las.
Por exemplo: comprei um apartamento ainda na planta. Foram 3 anos de construção. Portanto, o projeto foi realizado em um tempo maior do que esse, 4 anos antes da entrega, talvez. Tinha Lan House no projeto. E assim foi entregue.
Aí, recordo-me do que disse Chris Shaefer, alemão radicado nos EUA, em um Congresso sobre Pedagogia Waldorf aqui no Brasil, do qual participei: “é mais importante fazer o que tem que ser feito do que o que foi planejado”.
Obviamente isso não tira a importância do planejamento. Ter o ponto de chegada, nos dá a condição de saber o que tem que ser feito a cada momento, para chegarmos mais agilmente ao próximo ponto de controle.
Objetivo definido, esforço estruturado
Em suma, o sucesso não é só uma questão de metas, mas, não tê-las, é flertar com o fracasso. Tendo o objetivo definido (última meta da sequência), é mais fácil organizarmos nossas ações. Tendo as atividades programadas, olhando para o próximo ponto de controle, nos permite ver se elas nos levarão a ele. Se sim, fazemos. Se não, reprogramamos.
Enfim, parafraseando o que dizia o cantor Falcão sobre dinheiro: meta não é tudo, mas é 100%!
Pense nisso, se quiser, é claro!