Segundo Roberto Shinyashiki, existem dois grandes problemas que assolam os profissionais, de um modo geral. Um deles é que apenas a competência técnica resolve. E não resolve mesmo.

Vivi isso na pele e parte do meu trabalho é destinado a ajudar pessoas a resolverem essa questão, também. É preciso ter uma formação completa: técnica (sim, claro), comportamental, gerencial e empreendedora.

Mas, quero tratar aqui do outro problema. Muitos profissionais acreditam que resolvem seus problemas trabalhando mais. Isso está longe ser uma solução. É preciso trabalhar certo.

É importante frisar que não estou pregando trabalhar pouco. Todos vamos trabalhar muito, mas é preciso que esse muito esteja no rumo certo. Precisamos automatizar o que pode ser automatizado, monetizar (que o resultado traga resultados financeiros) e organizar os processos de trabalho em função dos resultados pretendidos.

O ex-jogador Zenon, anos 80 (Guarani, Corinthians e Atlético Mineiro, dentre outros), diz que há uma grande diferença entre chutar no gol e chutar para fazer o gol. É uma grande verdade. Entender isso, é uma passo importante para resolver esse segundo problema trazido por Shinyashiki.

Só o gol conta

A questão, como exemplo, é que os indicadores do futebol são mentirosos. Comentaristas esportivos ficam discutindo qualidade de jogo em função de aspectos irrelevantes. Posse de bola, passes certos e quantidade de finalizações, por exemplo, não definem resultados. Não há nexo causal em essência.

O time pode ficar tocando bola na defesa. Aí, aumenta a posse de bola e o número de passes certos. Pode chutar ao gol de qualquer lugar, de qualquer forma, muitas vezes no meio do gol, nas mãos do goleiro.

Aí, pega um Zenon pela frente que, com apenas um chute no jogo, vence a zaga e goleiro, colocando a bola no lugar certo para que ultrapasse a linha divisória da meta da equipe adversária: é gol! É o que vale.

Por isso, quando tiver elaborando um plano estratégico (sim, podemos e devemos fazê-lo), cuidado com metas e indicadores irrelevantes. Quando tiver que tomar uma decisão sobre seus processos de trabalho, faça em função daquilo que traz resultados.

Não perca tempo com ações desnecessárias, só para parecer que trabalha muito. Isso só te levará a uma posição de vítima. E vitimismo não paga boletos.

Enfim, é importante sempre lembrarmos do que diz o Skank: “bola na trave não altera o placar”.

Pense nisso, se quiser, é claro!

Prof. Me. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e diretor da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior

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