Negócio sem capital é possível?
Por Coltri Junior
Muitas pessoas têm várias ideias sobre negócios.
Essas ideias, em grande parte, passam a sensação de que podem dar certo sem investimento inicial. Será que dá mesmo?
Claro que sem investimento nenhum, é quase certo que não. É como ganhar na loteria. Mas, com pouco dinheiro, pode sim.
A Startup de 100 Dólares
Chris Guillebeau, autor do livro A Startup de $ 100 -abra o negócio dos seus sonhos e reinvente sua forma de ganhar a vida -, nos mostra que sim (vale lembrar que cem dólares valem quase seiscentos reais, atualmente).
Ele nos traz vários casos de sucesso dentro desses moldes (dentro da margem do IBOPE, com 2% para mais ou para menos, no valor investido).
Mas, na verdade, para que isso funcione, existem alguns segredos (não contados no livro).
E os outros investimentos?
Em primeiro lugar, conta-se com uma série de coisas que a pessoa já tem.
Praticamente qualquer negócio, hoje, não funciona sem um microcomputador (ou um notebook, que seja), ou, ao menos, um celular.
Não remunera, em primeiro momento, o tempo de trabalho (lembre-se que um salário-mínimo, que seja, já está em mais de R$ 1.500,00).
Dentro desse contexto, outro ponto importante é a separação das finanças pessoais e empresariais.
Se a pessoa, ou a família, dependerem do lucro do negócio para pagar as suas contas do próximo mês à inauguração da empreitada, a chance de fracasso também será grande.
Tendo alguma renda que banque a família, as chances aumentam.
Ocorre que, na verdade, são tantas outras pequenas coisas que envolvem a abertura de um negócio que, em essência, não dá.
Mas, em tendo algumas condições favoráveis, ou seja, já contando com equipamentos, materiais, tempo, habilidades para o negócio, dentre outras, é possível, sim.
Cinco Pontos Importantes
Porém, para que isso aconteça, é preciso ter em mente que, quanto menor o investimento, em tese, menor será o retorno nos primeiros meses (embora haja casos fora da curva nos dois lados – há empresas que tiveram um boom com pouco investimento e há outras que “floparam”, mesmo investindo muito).
Assim, vai ser preciso haver um reinvestimento. Então, não dá para contar com todo o lucro para levar para casa.
Dessa forma, esse é o primeiro ponto: começar sabendo que há risco de demorar um pouco para se poder viver dele.
Segundo: há um nível grande de trabalho no início, sem remuneração adequada pelas habilidades e pelo tempo dedicado.
Terceiro: é preciso ter persistência (não perder as forças e nem se entregar às barreiras que aparecerão pelo caminho) e paciência (esperar a “natureza” agir, após você ter feito o quer precisava ser feito”), porque as coisas podem não acontecer como o planejado (e dificilmente irão).
Quarto: ainda assim, planeje, mesmo que seja de um modo simples (há modelos de uma só página); planejar nos dá um ponto de referência, de modo a podermos corrigir a rota, ainda em tempo.
Quinto: por conta de tudo isso, escolha algo pelo que valha a pena viver, “dar a vida”, que te faça feliz (caso contrário, vai desistir logo).
Pense nisso, se quiser, é claro!