Negócio que se serve não serve
Por Coltri Junior
O Professor e filósofo Mário Sérgio Cortella diz que um líder que se serve, não serve. É verdade.
E o não serve, aqui, assumi, ao menos, duas características. A primeira é que não funciona, não é para isso.
A outra é literal: se a liderança existe em função de foco, objetivos e resultados almejados, ela deve servir, prestar serviço, estar em função, apoiar o outro.
Então, um líder que usa sua influência, sua equipe, para aquilo que ele quer, e não para o que é preciso de verdade, ele não serve (não vale de nada e não presta o serviço).
Se assim o é, então, obviamente, tudo isso também se aplica aos negócios. Um negócio que se serve, não serve.
O que é uma empresa?
Para explicar melhor, interessante falar sobre alguns outros conceitos. Vicente Falconi, o maior consultor do Brasil, define empresa como “uma organização de seres humanos que trabalham para facilitar a vida de outros seres humanos”.
Esses humanos que terão suas vidas facilitadas, no marketing, recebem o nome de público-alvo, ou seja, aqueles que precisam do resultado daquilo que você faz.
Se um dia, ninguém mais precisar, acabou o negócio (vide locadora de DVD, máquina de escrever, fax, pager, ipod, CDs, DVDs etc.).
Para quem você trabalha?
Chegamos, então, em mais uma questão: para quem você trabalha? Falconi, também, traz com clareza: “porque alguém precisa do resultado do seu trabalho”.
Se ninguém precisar mais daquilo que eu faço, que sou competente (mesmo que ao extremo), não terei mais trabalho.
Precisa-se de clientes
O fato é que qualquer negócio só prosperará se houver público para ele, se pessoas necessitarem daquilo que ele se propõe a entregar. Enfim, precisa-se de clientes.
Também, é preciso que essas pessoas saibam que precisam e, ainda, conheçam a empresa. Além disso, é preciso que elas tenham poder de compra e, ainda, que a empresa em questão consiga vencer a concorrência.
Dessa maneira, o cliente é a peça-chave do negócio (e é absurdo ter que falar sobre isso em pleno 2024!). Ele é o ator principal.
s empresas são o suporte, a coadjuvante na história. Os vendedores, por sua vez, os mentores, porque são eles que vão clarear os problemas e as soluções.
Preço x valor
Entendendo isso, conseguimos com que os clientes vejam o valor dos nossos produtos, sejam eles tangíveis ou intangíveis, para ele (o valor, por si só, não vale muito).
Com um valor mais alto de percepção, o preço deixa de ser um fator primordial de concorrência.
Interessante salientar que Russel Brunson, o papa dos funis de venda, no livro Ponto Com, traz um conceito fundamental, dentro dessa linha.
Diz ele: “negócio tem a ver com o resultado que você pode obter para os seus clientes.
Uma vez que você (e eles) entender esse conceito, o preço não será mais uma barreira”.
Dessa maneira, a regra é clara: se estamos no mercado, o fator primordial é servir.
Todo o restante deve ser estruturado nessa lógica. Com isso, os resultados tendem a ser sempre melhores.
Enfim, negócio que serve é, obviamente, o que serve.
Pense nisso, se quiser, é claro!