Prof. Me. Coltri Junior

No artigo anterior falávamos dos riscos que existem no chamado mercado regido pelo Oceano Azul, ou seja, quando se tem uma grande ideia e é o primeiro a chegar. Pode dar muito certo, mas, por conta dos fatores lá tratados, porém não só eles, leva muitas empresas ao naufrágio.

É claro que há naufrágio no oceano vermelho, também. Este é caracterizado por um mercado altamente competitivo. Quando entramos nele sem nenhum diferencial (que seja a logística – estar no bairro do seu cliente, por exemplo, com o produto a pronta entrega, mesmo que seja um pouco mais caro), entra em cena o fim do programa dos Teletubbies: é hora de dar tchau, é hora de dar tchau!

Navegando no oceano vermelho

Porém, o oceano vermelho funciona (e funciona bem). E isso ocorre porque, ao contrário do oceano azul, a demanda, o desejo de compra, já está criado. Não é preciso uma mudança de modelo mental por parte do cliente. O trabalho aqui é fazê-lo escolher você ao invés de seu concorrente.

No oceano vermelho, ter um número tal de concorrentes, por exemplo, auxilia, porque gera notícias, publicidade cruzada etc., aumentando a exposição do produto e seus benefícios. É um tipo de mercado que também tem suas regras, sua agenda.

A Música Sertaneja e o Oceano Vermelho

Um caso que tenho como exemplo é do Chitãozinho e Xororó. Eles criaram um oceano azul na música sertaneja. Em sequência, o que consolidou a onda foi a entrada no mercado das duplas Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, Gian e Giovanni, João Paulo e Daniel, dentre outras.

Décadas depois, ainda temos duplas mais recentes fazendo um grande sucesso, como Henrique e Juliano, Mayara e Maraísa, dentre outras. Além dos grandes famosos, esse mercado alimenta uma série de outras duplas e cantores em shows menores, em bares, restaurantes etc.

A música sertaneja é um oceano vermelho que funciona. Se ficasse só no Chitãozinho e no Xororó, talvez ela não tivesse a força que hoje tem.

A grande questão aqui é você saber o seu tamanho. É como as duplas pequenas. Sabem que não encherão estádios (ao menos naquele momento – e nem lives, no momento atual). Então, exploram mercados menores.

Assim também é no varejo e nos serviços. Claro que as grandes empresas têm mais condições de sobreviver às batalhas impostas por esse tipo de mercado. Mas, o que é importante é que ele já é conhecido do grande público. Assim, a tensão de compra já existe. Aí, a batalha é outra: é efetivamente com os seus concorrentes. É assunto para outra coluna, mas, aqui, há uma novidade (um segredo) nos tempos atuais: podemos reduzir nossos concorrentes a três.

Pense nisso, se quiser é claro!

Prof. Me. Coltri Junior é consultor organizacional e educacional, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior

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