Lista de fim de ano

Lista de fim de ano
Lista de fim de ano

Bem, a primeira coisa que precisamos saber é se queremos, realmente, algo diferente em nossas vidas. Não precisamos, às vezes. Outras, precisamos e queremos. Em certas ocasiões, precisamos, mas não queremos.

Gosto sempre de lembrar Carlos Drummond de Andrade, quando diz que não é por decreto da esperança que tudo mude, seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver, a partir de janeiro. Precisamos ir lá e fazer.

Quantas listas fizemos no ano que se finda? Quantos itens conseguimos atingir? Quais gerenciamos? Gerenciamos algum? Vamos pegar a lista agora? Estava guardada na gaveta? O que vamos fazer agora? Outra lista? Repetir tudo?

Epicuro, na Grécia antiga, já dizia que parte dos acontecimentos em nossas vidas é gerenciável, parte não. Quando deixamos tudo na base do “vou deixar a vida me levar pra onde ela quiser” (Vou deixar, Skank), permitimos que 100% do que ocorre conosco seja não gerenciável.

O livro “A boa sorte” nos mostra que precisamos fazer a nossa parte para que a natureza faça a dela. O segredo do nosso sucesso está na análise e gerência dos nossos hábitos.  Eles nos ajudam a fazer aquilo que nos cabe, ou a não fazer o que é preciso fazer.  Precisamos cultivar nossos hábitos saudáveis e refazer os prejudiciais.

Conforme nossas atividades importantes para o que queremos vão se concretizando, portas vão se abrindo e a parte não gerenciável vai se clareando em nosso favor. Obviamente, trabalhar muito não resolve nada, se a qualidade do que fazemos não tem nexo causal com nossos objetivos. É preciso trabalhar certo, otimizar os esforços. Eugênio Mussak nos mostra essa lógica: objetivo definido e esforço estruturado em função desse objetivo.

Dessa maneira, precisamos ter cuidado em culpar Deus, ou quem quer que seja, pelos nossos fracassos. Estamos fazendo o que é preciso fazer? O que é preciso, podemos fazer? Está ao nosso alcance? Epicuro dizia, também, que é estupidez pedir aos deuses aquilo que se pode conseguir sozinho. A natureza só fará a parte dela se fizermos a nossa.

Assim, desejo que cada um de nós possa ter claridade sobre seus objetivos, trace os caminhos, faça e gerencie o que cabe a gente fazer e que Deus, a natureza, seja lá o que você acredite, faça a sua parte (e fará). Desejo um próspero 2020!

Prof. Coltri Junior é palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos. Website: www.coltri.com.br – E-mail: coltri@coltri.com.br – facebook.com/coltrijunior.

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