Para muita gente, meta é uma coisa chata, fria e aprisionante. Pode até ser, mas ela faz parte das leis naturais. Assim sendo, não há como negar sua importância.
O fato é que o ser humano vive muito de comparações. Elas mudam nosso estado emocional. Se você se compara com quem está em situação melhor que você, pode perder autoestima, como, também, pode se motivar a chegar lá.
Nessa segunda situação, quando o caráter é duvidoso, a pessoa pode, inclusive, passar por cima de tudo e de todos para atingir o ponto desejável.
Por outro lado, quando nos comparamos com aqueles que estão em situação inferior à nossa, podemos desenvolver dois tipos de pensamento, também: gratidão por estar bem, ou culpa, pela situação do outro.
De qualquer maneira, se não tivermos um norte (ou sul, ou leste, ou oeste, como prefira), ficaremos parados no tempo (e isso é, implacavelmente, condição de decadência).
Veja: você é a mesma pessoa, com os mesmos resultados. Mas a situação mental muda em função de com quem você se comparara. Além disso, ainda se abrem possibilidades de situações opostas quando a comparação é com o mesmo grupo de pessoas.
O fato é que não importa a situação dos outros, o que importa é o que queremos. Aí entram as metas. Elas suprem a nossa necessidade de comparação, já que elas são criadas exatamente para ser um ponto de checagem, de conferência.
Por isso devemos sempre nos julgar pelas nossas metas, não pelos resultados dos outros.
Claro que podemos (e devemos) modelar, desde que como atitude positiva, mas nunca nos compararmos. A modelagem é uma atividade de início de processo (já que um pode, eu também posso, só isso). Não é de meio, nem de fim.
Segundo Anthony Robbins, certa vez, perguntaram para Ray Kroc, fundador do McDonald’s, qual seria o conselho que ele daria para ter sucesso.
Ele, então, disse: “Aprenda a julgar-se por suas metas em vez daquelas pelas quais seus colegas parecem estar se realizando. Por quê? Porque você pode sempre encontrar pessoas para justificar o que está fazendo… Sempre haverá alguém que tem menos. Nada disso importa. Você precisa julgar-se por suas metas e nada mais”.
Tirando a questão do poeta, que, como diz Gilberto Gil em Metáfora, quando fala meta, pode estar querendo dizer o inatingível, ela, a meta, é o que define nossas ações, otimiza nossos esforços, nos dá o ponto de chegada e, de quebra, vai nos orientando (como a estrela) até o objetivo final.
Assim, é imprescindível ter suas próprias metas. Você já as definiu? Se sim, elas estão guardadas na gaveta para serem vista no fim do ano, ou acompanham você o tempo todo?
Pense nisso, se quiser, é claro!
Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e diretor da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior