Sobre o filme A Cabana – por Coltri Junior

Ir ao cinema assistir ao filme A Cabana não seria, nem de longe, uma opção (por questão de vontade, mesmo). Como minha esposa gostaria de assisti-lo, a acompanhei. Sem que pudesse me dar conta do que estava acontecendo, ela foi como o papel escrito por “Papai”, deixado na caixa de correspondência.

A cabana

É que o cinema, naquele dia, foi minha “cabana”. Não por uma Grande Tristeza, como a do Mackenzie, personagem principal, mas para um repensar da vida, mesmo.

Às vezes, pequenas coisas vão se acumulando e, sem que percebamos, acabam se tornando grandes e nos atrapalhando em nosso dia a dia.

Um dos grandes segredos da história é que ela nos mostra um Deus efetivamente Pai, sábio, pacificador (não necessariamente entre pessoas, mas pacificador para cada ser em si, ao ponto de nos permitir tirar a mão do pescoço daquele que nos incomoda), harmonizador e efetivamente bondoso, por estar por nós.

O dilema de Deus (aos nossos olhos)

Talvez, uma das grandes coisas que a obra nos apresenta é a ideia de que Deus não causa catástrofes, acidentes, crimes. Deus não faz isso, não aprova, não provoca. Coisas acontecem. Simplesmente, ao acontecer, nos dá a chance de aprender, melhorar e crescer como seres humanos (há vida na Terra, há chances de erros; não há nada que possa nos proteger – Engenheiros do Hawaii, Túnel do Tempo). Ao estar por nós, está por todos, dos melhores aos piores seres. Dentre todos os seus filhos, como escolher (ou renunciar a) um?

A Cabana - filme
Representação da Santíssima Trindade no filme

Por outro lado, também nos faz compreender que o mal não passa impune. Não por Deus, mas pelo efeito causa-consequência. Talvez a justiça não seja da forma que desejamos, ou que acreditamos ser a melhor. Mas, que ela existe de uma forma natural, isso eu já não tenho a menor dúvida. Enfim, ao menos, para mim, uma nova forma de enxergar isso tudo.

O tal do Livre Arbítrio

No fundo, tudo em nome de um dos grandes segredos da vida, que é o tal do “livre arbítrio”. Entendê-lo é libertar-se, tanto de esperar sentado que as coisas aconteçam por ajuda dos céus, quanto por culpar o Divino pelas coisas graves, ruins, tristes, em nossas vidas, assim como pelos nossos erros ou negligências perante a vida.

O fato é que precisamos, vez ou outra, visitar nossas “cabanas”, nossos espaços mais longínquos dentro de nós mesmos, para podermos descomplicar aquilo que é simples, mas que tomou proporções inimagináveis dentro de nossas vidas. Lá está o Divino. Por isso, precisamos nos abrir para o que vamos encontrar lá. Pense nisso, se quiser, é claro!

Prof. Coltri Junior é palestrante, administrador de empresas, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos.

SINOPSE E DETALHES

Fonte: Portal Adoro Cinema

Não recomendado para menores de 12 anos

Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.

  • Título original: The Shack
  • Distribuidor: PARIS FILMES
  • Ano de produção: 2016
  • Tipo de filme: longa-metragem
  • Bilheteria no Brasil: 5.098.820 entradas
  • Cor: Colorido

Curiosidades

Adaptação

Baseado no best-seller homônimo de William P. Young.

Filmagens

As gravações começaram em 8 de junho de 2015, em Vancouver, no Canadá.

Opção

Forest Whitaker foi considerado para assumir a direção do filme, mas ele acabou abandonando a proposta.

Boom

Em 2005, William Paul Young estava à beira da falência. Foi nesta época que ele decidiu escrever sobre seus sentimentos em relação a Deus e presentear sua família e amigos próximos com o livro. Ele nunca imaginou que um dia venderia milhões de cópias do livro A Cabana.

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