Há um hábito entranho em gestores, e até em certos professores, de dar mais atenção aos melhores e, ao mesmo tempo, um certo desinteresse e desleixo aos mais fracos. É um erro crasso.

Imagine uma corrente com elos diferentes em níveis de resistência à força aplicada. Qual nível de força arrebenta a corrente?

Se para ela se romper, basta que um deles se quebre, toda a corrente fica a mercê de seu elo mais frágil, daquele que suporta a menor força. Aqui não entra média.

O elo que suporta a menor força, entre todos, se rompe quando recebe carga maior do que ele suporta, mesmo tendo infinitos elos que resistiriam à mesma carga.

Nas equipes não é muito diferente. Claro que, quando temos mais colaboradores trabalhando em alto desempenho do que os medianos e ruins, nosso resultado pode ser satisfatório.

elo frágil

Porém, não dar atenção aos “elos mais frágeis”, indubitavelmente, prejudica o nível dos resultados, já que, caso eles também estivessem em nível elevado de resultados, a organização teria mais sucesso.

Agora, quando dividimos os colaboradores em dois grupos, liderança e operacional, a coisa fica bem parecida com a corrente.

Se tivermos um time operacional fraco, mesmo com uma liderança aparentemente forte, o resultado será ruim, pois é lá que as coisas acontecem (não à toa o nome é operacional).

Time ruim não produz nada, portanto, mata a organização.

Porém, o inverso também é verdadeiro. Um time forte, mas sem liderança, pode até trazer resultados por um período, mas dificilmente se manterá ao longo do tempo. O líder é o guardião da missão de uma organização.

Quando ele está ausente e o time é fraco, não há forças para se atingir os resultados.

Quando o grupo é forte, os egos podem inflar, os interesses podem divergir e cada um (ou grupos, ou guetos) resolver tomar direções diferentes (lembrando que direção indica destino, portanto, aqui, não falo de caminho diferente, que pode levar ao mesmo ponto, mas de direção, mesmo, que não leva ao mesmo ponto). Dessa forma, não será possível chegar ao resultado esperado.

Sun Tzu dizia: “quando os soldados rasos são muito mais fortes que seus oficiais, o resultado é a insubordinação. Caso contrário, os oficiais são fortes e suas tropas são fracas, o resultado é o colapso”.

Por isso, precisamos que todo empresário, inclusive os profissionais liberais, se preparem para a liderança. Não se engane: toda organização precisa de líderes fortes.

Mais: precisam investir em treinamento de suas equipes. Líder forte não é o que faz, mas o que ensina, orienta, acompanha, direciona e preserva a missão do empreendimento.

Pense nisso, se quiser, é claro!

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior

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