Por Coltri Junior.

Talvez a grande maioria de nós nunca tenha pensado em passar por uma situação como a que estamos vivendo hoje (por isso, também, não estamos preparados para tal desafio). Isso é ruim?

Claro que estarmos com nossa saúde ameaçada é muito ruim; pior ainda é ver que isso, ao invés de unir as pessoas, está provocando mais guerra entre as pessoas, assim como aquele tipo que vemos nos aeroportos: sempre tem alguns brigando para que o avião levante voo, mesmo com problemas técnicos (ou climáticos, que seja), já que ele tem um compromisso na cidade de destino e não pode atrasar.

É a Síndrome do Rapaz Latino-americano, do Belchior: “mas, se ainda quiser me atirar, mate-me logo, à tarde, às 3h, que hoje a noite eu tenho um compromisso e não posso faltar, por causa de vocês”.

Vimos no que deu a economia de combustível da Lamia. Chapecó sabe bem…

Lamia
O futuro vai depender das nossas decisões antes de recolocarmos a aeronave no ar novamente.

Assim, é como se estivéssemos nesse tipo de avião. Estamos em solo e só podemos alçar voo quando ele estiver seguro. Se não… Esse é o primeiro item.

O segundo ponto é que, como o avião está em solo, é o melhor momento para corrigir o que não está funcionando em nossas vidas. Sempre vejo pessoas reclamando metaforicamente que tem que consertar o avião em pleno voo, ou trocar o pneu com o carro andando.

Então, já que o carro, ou avião, está parado, é o melhor momento de investir tempo em pensamento, planejamento e preparo para o recomeço. Parafraseando Roupa Nova, é tempo de compor novas canções, mesmo que seja no mesmo violão.

O terceiro é por onde começar. Nesse momento, o caos, para muita gente, se impôs. Eu tenho uma imagem do que ele seja, e ela vem de uma cena do filme Procurando Nemo: é quando uma grande quantidade de peixe está sendo içada para um barco.

Todos eles estão em movimento, porém aleatórios e desformes. Esse é o caos. Há uma desarrumação, uma bagunça. Mas a solução está lá. Só depende de enxergá-la e direcioná-la.

Sabendo disso, seguindo orientação do filho, o pai do Nemo pede aos peixes que nadem para baixo. Ao obedecerem, usam as mesmas forças que já tinham, porém em conjunto, una e direcionada.

Então, este é o momento de pensarmos qual é a direção e sentido que devemos colocar nossos peixes para nadarem. E, pasmem, quem nos oferece essas alternativas é o próprio caos! Os insumos, as respostas, estão lá. Só é preciso pensar para saber fazer a pergunta certa.

O caos social tem a mesma agenda. Ou vamos ficar dando cabeçadas uns nos outros, ou vamos seguir na mesma direção e sentido, fazendo o que é certo.

Pense nisso, se quiser, é claro!

Prof. Me. Coltri Junior é palestrante, administrador de empresas, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos.

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